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Efeitos climáticos e fenômenos naturais


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Ilhas de Calor



Ilha de calor urbana (ICU) é um fenômeno que ocorre sobre áreas urbanas e consiste na presença de temperaturas à superfície relativamente maiores que as encontradas nas regiões fora da cidade (regiões rurais ou periféricas com vegetação abundandante). Alterações da umidade do ar, da precipitação e do vento também estão associadas à presença de ilha de calor urbana. Em geral, forma-se a noite uma brisa urbana, ou seja, um escoamento em direção ao centro urbano.





As ICUs ocorrem devido à presença de construções nas cidades, cujo protótipo é a estrutura aérea conhecida por cânions urbanos. A superfície urbana apresenta particularidades em relação à capacidade térmica e densidade dos materiais utilizados: asfalto, concreto, telhas, solo exposto, presença de vegetação nos parques, ruas, avenidas, bulevares; também alterações do albedo (refletância de onda curta solar) e à impermeabilização da superfície etc.

Estudos realizados em cidades de latitudes médias mostra que a intensidade da ICU é uma função não linear da população urbana.

Cidades do porte de São Paulo apresentam temperaturas do ar no centro da conurbação urbana da ordem de 10 graus Celsius maiores que as encontradas em áreas pouco urbanizadas e muito vegetadas de sua periferia.

Causas

Existem várias causas para a formação de ilha de calor nas cidades:

• O efeito de interação radiação e da poluição atmosférica (contituída de partículas e de diferentes gases, como os gases do efeito estufa (CO,CO2, NOx, O3, hidrocarbonetos etc) provoca alterações locais no balanço de energia e radiação que podem ser associadas à formação das ilhas de calor urbanas. Uma série de reações químicas e fotoquímicas podem ocorrer em ambiente urbano poluído. Notavelmente, as reações fotoquímicas associadas à química de sulfatos, nitratos envolvendo a radiação ultravioleta solar está associada à formação do ozônio, um gás altamente reativo e tóxico.

• A presença de fontes antrópicas de calor e umidade. A utilização de condicionadores de ar, refrigeradores, a queima de combustíveis pelos automóveis e indústrias podem contribuir em muito para o maior aquecimento urbano;

• O aprisonamento da radiação solar e infravermelha ssociada ao balanço local do fluxo radiativo sobre as superfícies dos chamados cânions urbanos. O efeito da geometria do cânion urbano é alterar o albedo urbano como um todo de forma a aumentar a absorção de radiação solar (visível), com consequente aumento da temperatura;

• Fração de área vegetada reduzida em áreas fortemente urbanizadas permite reduzir as superfícies de evaporação (lagos, rios etc) e de evapotranspiração (parques, bosques, jardins, bulevares etc). Assim, as atividades humanas alteram os microclimas urbanos e as condições de conforto ambiental das cidades. Na cidade de São Paulo, por exemplo, diferentes microclimas urbanos podem ser encontrados: áreas de frescor junto aos parques como o Ibirapuera e áreas de ilhas de calor muito intensas nas imediações do centro urbano pouco arborizado e com prédios muito elevados